Viver rodeado de pessoas que falam falam falam falam falam, não é fácil.
Por incrível que pareça, não é tão simples ouvir. Quando só se quer falar, se expressar, ser entendido e não chega ao objetivo, a frustração é tamanha que praticamente se perde o chão.
Escrevo isso ouvindo Arnaldo Antunes e Blindagem, algo que relativamente me acalma nesse momento.
Como semre de olhos fechados pro mundo, analiso os fatos inerentes à minha vida neste momento.
Hoje tudo gira em torno de uma pergunta.
Devo ser aquele idiota de sempre (falar demais, mesmo não sendo ouvido), ou devo mudar de atitude, passando a ser somente o idiota que concorda com as coisas.
Posso analisar dois casos que aconteceram em minha vida recentemente, em que incorporei as duas situações acima descritas.
Se sou calado, não chego ao objetivo alcançado.
Se falo, posso até alcançar meu objetivo, porém nunca sei realmente se é bem aquilo que eu queria...
Tá ficando confuso. Só eu vou entender, mas enfim... Nunca escrevi nada pensando na compreensão, tanto quanto nunca falei nada buscando entendimento de outrem.
As vezes falo demais em situações desnecessárias e não falo em momentos em que seria extremamente necessário apenas utilizar a enfática para manter o mínimo de comunicação.
Tenho passado por momentos TERRÍVEIS de silêncio com as pessoas e imagino que isto se deva à algumas feridas que as MINHAS próprias palavras causaram.
Quem me conhece pessoalmente e lê isso vai rir. Tenho CERTEZA.
Imagino que me vejam como aquele idiota que dispara piadinhas como uma metralhadora, tipo, trinta por minuto aproximadamente.
Se alguém quer rir ou zoar de outras pessoas olha pra mim e espera justamente que eu fale primeiro.
MAS POR QUE?
Eu sou assim?
Tem horas que da vontade de sumir. Verdade.
Tá. Chega disso, vamos voltar ao assunto original do post.
Devo ser o idiota falante ou o idiota ouvinte?
Se eu fosse o idiota ouvinte a música de hoje seria:
Eu não sou da sua rua.
Eu nao sou o seu vizinho
Eu moro muito longe e sozinho
Eu não sou da sua rua
Eu nao falo a sua lingua
Minha vida é diferente da sua
Estou aqui de passagem...
Esse mundo não é meu
Esse mundo não é seu...
Já se eu fosse aquele idiota falante, que fala mais que os próprios cotovelos, se declara, mesmo ficando com raiva de si mesmo dois minutos depois...
Se tudo pode acontecer
Se pode acontecer qualquer coisa
Um deserto florescer
Uma nuvem cheia não chover
Pode alguém aparecer
E acontecer de ser voce
Um cometa vir ao chão
Um relampago na escuridão
E a gente caminhando de mãos dadas de qualquer maneira
Eu quero que esse momento dure a vida inteira
E alem da vida 'inda de manhã no outro dia
Se for eu e você... se assim acontecer.
Esta última, letra de Alice Ruiz, musicada por Arnaldo Antunes, resume este momento vivido.
Em que por incrível que pareça, fecho os olhos e penso em um sorriso que eu nunca vi.
Não sei se sinto raiva da minha vida ou se agradeço todos os dias a oportunidade de respirar o mesmo ar do mundo em que você vive.
Acho que ficou bem claro qual postura vou tomar, se eu tiver escolhido errado, com certeza você vai saber blog. Com certeza vai saber.
Tanta gente boa nesse mundo, tanta gente DISPOSTA, tanta gente que não me deixaria assim, que faria tudo pra que eu me sentisse bem. Tanta gente com quem eu me sinto bem. Tanta gente que eu não tenho medo. Toda essa gente que eu não consigo nem sorrir sinceramente. Tanta gente e quem eu amo é só você.
Tomara que ninguém leia. Se você leu e chegou até aqui, decore esta senha e ganhe R$ 100,00 e o direito de ler o rascunho deste post, que tem nomes próprios nas situações e à quem eu dedico as musicas. A Senha é QUALQUERCOISA.
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
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